Bem, esse tem sido meu pensamento esse ano de 2014. Ao completar 24 anos me deparei com essa pergunta que tem me assombrado a algum tempo: O que eu estou fazendo?
Ainda não me formei na faculdade, na verdade, ando bem desanimada com meu TCC, já que meus últimos orientadores (2 para ser exata) me deixaram na mão e a minha atual sumiu durante um mês e meio, o que me fez perder o ânimo completamente nessa porcaria (ainda nem fiz a contagem de horas extra-classe para apresentar o trabalho), sem contar o trabalho que me tem esgotado todas as vontades de viver. Sim, não estou exagerando, meu trabalho tem me esgotado pois assumo responsabilidades que não são minhas e tenho trabalhado por 3 pessoas (eu, a menina que trabalha comigo e por algum professor que não tem feito a coisa certa) e ainda tenho que ser uma vitrinista para deixar as coisas arrumadas e levar bronca por aquilo que não é minha culpa. A única coisa que me deixa feliz no trabalho são os alunos, alguns é verdade, mas eles me deixam felizes por saber que eles gostam de mim.
Constantemente me pergunto se estou fazendo a coisa certa, se está tudo ok em levar a vida assim. Ando sedentária, meu projeto de Rinoceronte a Unicórnio não tem dado muito resultado (apesar que tenho me sentido mais confiante com meu próprio corpo a ponto de comprar um maiô e um biquíni), tenho apenas feito mais tarefas domésticas (tenho ficado mais só em casa, então é faz ou faz). Não tenho lido tantos livros como gostaria de ler nesse ano, não fui a eventos que queria ter ido, não tenho estudado o tanto que deveria e nem trocado de emprego como queria...
Me assusto pensando se eu não estou jogando meu precioso tempo fora, se eu ainda não aprendi a ser adulta como querem e nem a me organizar como deveria. Será que estou fazendo o que é certo para mim ou apenas o que a sociedade acha que é certo? Se formar em algo que você perdeu o tesão, arrumar um emprego que muitas vezes lhe tratam como capacho, ter dinheiro para comprar algumas coisas, se preocupar com o seu corpo não está dentro do modelo que a sociedade diz que deve ser (magra, peituda e bunduda), se me comporto de maneira correta nas ocasiões, se o fato da depressão tem me ferrado mais ainda do que já me ferrou, se meu jeito de vestir é aceitável pela sociedade...
Quem sabe daqui para o final do ano eu saiba o que estou fazendo...
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