sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dia no cinema



Quinta-fera, 13.05, fui ao cinema pra relaxar a mente, depois de uma semana estressante regada a cólicas e lágrimas, nada mais justo que alguns instantes de descanso não?


Chamei meu amigo de longa data para ver comigo, apesar de querer ir com outra pessoa. Decidimos ver "Caçador de Recompensas", pegamos o ônibus juntos, ficamos conversando... É sempre legal conversar com ele, me lembra os velhos tempos felizes e tristes, nada de uma conversa linear, sempre devaneando, dando asas a imaginação. Uma coisa diferente.


Chegamos cedo, pegamos os ingressos e ficamos conversando... De instante em instante olhava meu celular na esperança de algo. O quê exatamente eu não sei, ok, eu sei o que era... Mas deixemos isso para depois. Ele disse:


- Você está claramente apaixonada, eu sei o que você espera.


Só consegui fazer uma cara de envergonhada e mudar o rumo da conversa.


Conversamos nossas loucuras, lembrando dias passados. Olho no relógio e vejo que já é nossa hora, entramos, achamos nossas cadeiras e nos acomodamos. Mais um pouco de conversa... Baixam as luzes e começam os trailers.


Nesse momento me dou conta que estava faltando algo. Apesar da nossa sintonia, estava frio. Onde estava o toque? Onde estava aquilo??


Tentei me focar completamente no filme, ele é legal. Consegui rir de algumas  tiradas, mas algo ainda me incomodava, por Deus o que me faltava? Enquanto Gerard Butler corria atrás de Jennifer Aniston aquilo me dava pontadas. 


Final de filme, mais um pouco de conversa, comer junk-food e pegar o ônibus, juntos porém frios e não digo frios por conta do ar-condicionado congelante, digo frios de sem emoção. Sem aquilo, sabe?


Engarrafamento, CADÊ AQUILO MEU SENHOR? Apesar de gostar muito do meu amigo queria ficar só, pelo menos não sentiria esse frio... Sabe aquela vontade de sair correndo para os braços de alguém, abraçar e não soltar mais? Estava sentindo isso, só queria cegar em casa para que essa sensação passasse.


Antes dele chegar na parada, ele beijou minha cabeça. Acho que essa foi a maior demonstração de "carinho" que ele teve o dia todo e mesmo assim não senti nada. NADA, NADA, N-A-D-A.


Me pergunto onde estava com a cabeça... Chego em casa, continuo com essa sensação, mas agora acresce um aperto no peito...


Termino a noite sentindo um buraco dentro de mim, um vazio que não sei (ou até sei) como preencher e com o travesseiro molhado de lágrimas. Volto aquele estado antigo que não sabia o que fazer ou a quem recorrer.

2 comentários:

Unknown disse...

Também me sinto assim, um pouco pior talvez, pois acabo indo sozinho mesmo ao cinema, sou extremamente tímido, não tenho quase nenhum amigo e não saio quase nunca... Beijos sinceros do Francisco

Unknown disse...

Também me sinto assim, um pouco pior talvez, pois acabo indo sozinho mesmo ao cinema, sou extremamente tímido, não tenho quase nenhum amigo e não saio quase nunca... Beijos sinceros do Francisco

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